terça-feira, 7 de novembro de 2023

Filme: Star Wars — Episódio IV: Uma Nova Esperança (Star Wars — Episode IV: A New Hope, 1977, George Lucas)

 



Star Wars — Episódio IV: Uma Nova Esperança (Star Wars — Episode IV: A New Hope, 1977, direção de George Lucas)

Ficção Científica / Aventura / Fantasia

121 minutos

Elenco: Mark Hamill como Luke Skywalker, Harrison Ford como Han Solo, Carrie Fisher como Princesa Leia Organa, Peter Cushing como Grão-Almirante Tarkin, Alec Guinness como Obi-Wan Kenobi, Anthony Daniels como C-3PO (interpretação da voz), Kenny Baker como R2-D2 (interpretação do robô), Peter Mayhew como Chewbacca, David Prowse como Darth Vader (interpretação física), James Earl Jones como Darth Vader (interpretação da voz)



Outro que também era inédito para mim. Eu vi os episódios I, II e III, e somente do terceiro eu genuinamente tinha gostado na época. Star Wars é uma febre que nunca me pegou o suficiente para eu ir atrás de tudo. Mas fui presenteado com o box da trilogia clássica em DVD e ontem conferi Uma Nova Esperança (1977, direção de George Lucas) pela primeira vez.

É uma space opera em que se nota uma construção de mundos com uma riqueza de detalhes impressionante, se considerarmos a época em que foi concebida, ainda que, por ser um filme episódico, não entregue tudo de uma vez. É claro que muitas das impressões que temos da história e de todo esse universo passam pela influência do tempo e da consolidação de Star Wars, do que já conhecemos sobre esses filmes a essa altura, assim como sabemos que George Lucas mexeu posteriormente no que já havia feito. Então, a experiência que tive ontem de ver o filme inteiro pela primeira vez obviamente não é a mesma da concepção do filme original como em 1977. Mas é interessante notar que, mesmo tendo um conhecimento básico daquela história pelo que vi na segunda trilogia e as referências e spoilers que já conheço desde sempre, ainda assim há elementos que só fui compreender melhor ao conferir esse filme, ao exemplo da Força, que é visto como uma religião ou um elemento fé e superstição que muita gente no tempo em que o filme se passa já não acredita, e era comum entre os Jedi e o vilão Darth Vader, que anteriormente fazia parte do grupo. Para mim, a Força era só uma força de expressão. Hahaha.

Como é um filme em que muita coisa acontece, eu terei dificuldade em resumir. Portanto uso a sinopse do próprio DVD (ah, os tempos de locadora!):

"Os Cavaleiros Jedi foram exterminados e o Império comanda a galáxia com punho de aço. Um pequeno grupo de Rebeldes ousou desafiar a potência roubando os planos secretos da mais poderosa arma do Império, a Estrela da Morte. O servo de maior confiança do Imperador, Darth Vader, precisa encontrar os planos e localizar o esconderijo dos Rebeldes. A líder dos Rebeldes aprisionada, Princesa Leia, envia um pedido de socorro que é interceptado por um simples fazendeiro, Lule Skywalker. Seguindo seu desfino, Luke aceita o desafio de resgatar a princesa e ajudar a Rebelião a enfrentar o Império, contando com alguns aliados inesquecíveis como o sábio Obi-Wan Kenobi, o presunçoso Han Solo, o fiel Chewbacca e os dróides R2-D2 e C-3PO."

Destaco o carisma do grupo principal.

Os dróides nos dão algumas cenas mais engraçadas no início.

Luke é corajoso e cheio de vontade em fazer o que é certo, enquanto o mercenário Han Solo é o típico homem que só obedece a si mesmo, como o próprio diz.

É muito bom ver Obi-Wan de novo, só acho que a cena em que ele batalha com Vader usando o sabre-de-luz, um elemento icônico da série sendo menos recorrente neste episódio IV, é um tanto anticlimática em sua conclusão, pois a batalha em si é um tanto tímida (quem viu, sabe); não sei se é coisa da limitação técnica da época, que impedia todos aqueles malabarismos que veríamos nos filmes posteriores, ou foi o próprio George Lucas mesmo que não teve uma ideia melhor de movimentação para o mestre e o pupilo lutarem.

Darth Vader é aquele vilão sempre marcante e imponente, mesmo para quem ainda não tinha assistido ao filme, a começar por seu visual. Mas não só isso. Ele é bem ameaçador e há duas cenas em especial que exemplificam bem isso.

Agora... a Princesa Leia foi quem realmente me impressionou em toda sua personalidade forte. Veja pelas cenas na primeira hora em que ela não demonstra o medo que provavelmente deve sentir ao estar à mercê do impiedoso Vader. E quando ela resolve pegar nas armas, então, vemos que ela não é só uma versão mais bonita da Dona Florinda, uma princesa que parece não saber se salvar sozinha. Ela é cheia de fibra e tem toda uma participação forte na ação da segunda hora de filme.

Sobre o Chewbacca, GHWAHWHHAAAAAAH.

Destaco também a estética do filme. Claro que parte do que vemos hoje tem um forte retoque digital, mas a ideia da estética com certeza vem sendo pensada desde o início. É um filme de 1977 que não tem uma aparência de um futuro imaginado com um olhar de passado. Ou seja, parece crível como a concepção de um mundo futurista que não fica datado. Você ainda pode ver telas com gráficos antigos, mas a aparência do mundo como um todo é bem crível como futurista.

Gostei bem mais do filme do que imaginei a princípio. É uma história já em andamento, e por isso algumas coisas podem pegar mais a nossa atenção do que outras, mas ainda é redondinho e conclui os objetivos dos personagens, não sendo uma história incompleta. Começa a engrenar de verdade lá por 1 hora de duração, mas segura a nossa atenção e curiosidade desde o início por causa do carisma dos personagens e, pelo menos para mim, por apresentar aquele universo sem precisar bombardear a gente de informações além do necessário, talvez até porque pode ter sido pensado como uma história já iniciada, apesar de antes ser só um filme isolado antes de se pensar nas continuações, se não me engano, apesar de algumas pontas soltas que ficam mais evidentes ao se saber anteriormente de algumas coisas que foram reveladas depois.

Um bom início para uma saga em evidência na cultura pop ainda nos dias atuais.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Filme: Kolobos — Pesadelos Tornam-se Realidade (Kolobos, 1999, David Todd Ocvirk e Daniel Liatowitsch)

  Kolobos: Pesadelos Tornam-se Realidade  (Subtítulo horrível esse, mas é só Kolobos, 1999, direção de David Todd Ocvirk e Daniel Liatowitsc...